Agora é hora do TGI. O trabalho que dá trabalho, muito trabalho. Com o tema definido e com a idéia a ser desenvolvida, precisaria de um orientador. O professor de projeto indicou uma professora de outra área (especificamente de Rádio e TV) para me orientar. Um outro amigo da ilha de edição da faculdade, que por sinal havia se formado no mesmo curso que eu e havia feito uma animação, também me indicou a ela. Então fui lá conversar com ela. Eu disse que tinha a idéia de fazer uma animação, então fomos conversando e ela aceitou ser minha orientadora. Fiquei de levar na semana seguinte um texto do que seria a história do primeiro capítulo da aventura, o episódio piloto.
Pra quem não conhece, o episódio-piloto tem como finalidade mostrar aos patrocinadores e a um público fechado como será aquele audiovisual. Sendo aceito (dependendo da resposta daqueles que a viram), a série, o programa, a animação, etc., será desenvolvida. O meu plano era fazer a abertura da série animada e da série em si em um programa de animação 3D, pois já fiz estágios na área e tinha algum conhecimento na ferramenta.
Então, desenvolvendo mais a idéia que já mostrei nas postagens anteriores, acabei com um texto de duas páginas. O texto em si englobava, de forma literária, o que acontecia no episódio piloto. Resumidamente: o jovem protagonista Lano (retirado do meu sobrenome Cartolano, este é um nome que utilizava e ainda utilizo em meus jogos de RPG), após uma jornada árdua de trabalho, resolve se refrescar nas águas de um rio próximo e lá é atacado por uma serpente (que depois veio a ser uma jibóia); ele acha a tal espada que possui o orifício em forma de lágrima e consegue se salvar do abraço mortal da serpente; ele salva o irmão de onças pintadas; então, após conversa com a mãe, ele resolve deixar sua vila, seguindo em direção à capital do reino, Tuna, para conversar com o tio sobre aqueles ataques de seres nunca vistos antes na região; durante o caminho, seu irmão Dodô (na verdade, um apelido de meu irmão) e uma amiga, Maria, o alcança; seguindo viagem, um estranho objeto brilhante, tal qual uma estrela cadente, segue ao norte; a espada em posse de Lano derrama lágrimas, que por sua vez formam uma seta brilhante apontando na direção do objeto, que é uma Lágrima da Deusa; Lano e seus companheiros resolvem seguir o objeto. Assim acaba o piloto.
Minha orientadora adorou a idéia e disse que eu escrevia bem. Fiquei surpreso. Nunca tinha gostado de escrever. Pelo menos eu não sabia disso até então. Na escola sempre passava raspando nas redações. Aquilo me lembrou de um fato engraçado (agora é, pelo menos): no terceiro colegial fiz uma redação em sala de aula com o auto-explicativo título “Folha em Branco”. Um ZERO. Um redondo zero anotado de caneta vermelha da impiedosa professora. Meu primeiro e único zero em minha história acadêmica. Não sei o que deu naquele dia, talvez fosse uma daquelas crises de adolescente, uma espécie de rebelde sem causa. Enfim, justiça seja feita. A professora não teve alternativa exceto me zerar. Mas eu acho que se fosse pela criatividade talvez eu merecesse um 10! Enfim, o que importa é que acabei me recuperando. Nunca imaginei que, sendo um aluno que passava de ano perto da tênue linha entre a nota azul a nota vermelha em redação, chegaria a ter prazer em escrever.
Fico devendo o texto original do episódio piloto, mas um dia prometo que vou disponibiliza-lo aqui.
Até a próxima!
J. C. Cartolano
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Eu já li e posso dizer:
ResponderExcluirJoão vc é mto bom!!!
bjs
Roselaine