Na última postagem consegui achar e colocar a primeira versão do capítulo um. Então, voltando ao TGI, com esse texto em mãos, e já tendo o mostrado para a orientadora, já tinha algo a desenvolver. Mas na realidade esta parte ficaria para o segundo semestre daquele ano (2004). O primeiro semestre ficaria por conta de outra parte importante do trabalho final e que muitos torcem o nariz, ou batem o nariz contra a parede, ou simplesmente assoam o nariz de tanto chorar por ter de enfrentar isso: a PESQUISA.
Confesso que no começo me senti intimidado a pesquisar e escrever sobre o tema Animação. Teria que ler muito: desde sua origem, histórico, primórdios, influências, coisas que vieram antes, até mesmo de outros séculos (zootroscópio, praxinostroscópio, fenaquistoscópio e outros "cópios" por aí), chegando a parte de roteiro (li um livro excelente do Doc Comparato, por sinal - Da Criação ao Roteiro - ótimo pra quem quer saber mais como criar uma história para um audiovisual). Para começar, minha orientadora indicou e emprestou alguns livros. Como na época eu não trabalhava e, consequentemente, tinha o dia inteiro livre, me vi na obrigação de ler tudo o que conseguisse. E assim fiz, chegando ao ponto de a orientadora não ter mais nada para me indicar. Por isso o que me restou nesta fase do TGI era me enfiar na biblioteca da faculdade. Passava a tarde em busca de livros da área, lendo-os de cabo a rabo. Até levaria pra casa pra ler com calma, mas aqueles livros nem podiam deixar as dependências da biblioteca. Resumindo: copiava o que me interessava.
Sinceramente não achei nada demais fazer pesquisa. Muito pelo contrário, me diverti bastante sabendo mais sobre uma das áreas de meu interesse. Chegando a descobrir muitas coisas interessantes. Chegando ao final daquele semestre já tinha colocado tudo no papel (aqui lê-se documento de word) e entregue a monografia, que no caso foi para outra professora. Para o professor de projeto entreguei não só a pesquisa, mas o projeto todo em si, incluíndo o roteiro do piloto da animação e até o storyboard do mesmo.
Storyboard, aos leigos, é uma espécie de história em quadrinhos, com desenhos bem toscos mesmo, que demonstra os pontos-chave da animação, contendo indicações e anotações de tempo, diálogo se quiser, etc. Esta parte ajuda, e muito, a fazer a animação. Posso dizer que é um roteiro desenhado.
Por falar em roteiro (ter escrito a palavra "roteiro", na verdade - não sei por que temos a mania de escrever o que pensamos, mas não o que realmente estamos fazendo...) com a pesquisa encaminhada já o desenvolvi por completo, a tempo de incluí-lo na pesquisa no final daquele semestre. Funciona do seguinte modo (pelo menos do jeito que eu fiz na época): tem-se a idéia; a desenvolve num texto curto que demonstre os pontos importantes da história; sabendo-se o meio em que vai contar aquela história, define-se o tempo; então finalmente se faz o roteiro.
O nome deste ser fundamental já é auto-explicativo - Roteiro. Ele serve para ser um guia, contendo tudo importante referente ao produto final. No caso de ser um piloto de animação, meu roteiro teve especificações de cenário (aqui o texto seria mais "jornalístico" pra se ater ao concreto da coisa), diálogos, etc... Foi uma parte que gostei muito de fazer e que também ajudou a despertar meu lado escritor.
Com a pesquisa em mãos, e nas mãos dos professores, viria a parte final do TGI, que para muitos é mais que torcer nariz: é manter o nariz acordado madrugadas adentro, trabalhando, trabalhando, trabalhando e trabalhando... É a parte braçal e "brutal". Mas isso fica para a próxima.
J. C. Cartolano
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